segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cheira (mesmo) a banana!

Tenho a certeza (quase) absoluta de que quem ler este texto faz, certamente, parte dos 99,99% da população mundial que já tentou, ou a quem já tentaram, pôr em prática a velha história do cheiro a banana do giz utilizado nos tacos de snooker. Posso, contudo, orgulhar-me de ter a invejável honra de pertencer àquele restrito grupo, composto por apenas meia-dúzia de pessoas, que a conseguiu realizar com sucesso. Já se está mesmo a ver quem foi a minha vítima, não está? Confesso que enquanto percorria a mesa de snooker - bons velhos tempos os do já saudoso café "Infante" na Conchada - a delinear a estratégia para o ataque, e a olhar para o isco (um autêntico "Cubo Mágico" em tons de azul e com odor a fruto tropical), pensei que, como sempre, seria mais uma tentativa destinada ao fracasso. Não podia estar mais errado. Apesar das minhas dúvidas, enchi-me de esperança e, pegando no giz, levei-o ao nariz. No fim de inspirar duas vezes com mais intensidade, com o intuito de chamar a atenção do alvo, pus o isco no anzol: "Olha que engraçado, o giz cheira a banana!" Como esperava o "Vai passear!" do costume, fiquei incrédulo ao ouvir o Batemuma muito sério perguntar-me: "O quê? O giz cheira a banana? Deixa ver!" Tinha mordido o isco! Nesta altura tive que reunir todas as minhas forças para me manter sério e conseguir levar a brincadeira até ao fim. Enquanto ele se dirigia a mim, o meu único pensamento era: "Não acredito que ele vai mesmo cair nisto!" Restava-me agora esperar que ele não me tirasse o giz da mão para o cheirar, pois se o fizesse tudo estava perdido. Para meu grande espanto, não só não o tirou, como deixou que eu o levasse direitinho ao "X", desenhado com uma tinta que só eu conseguia ver, mesmo na ponta do seu nariz! A história acaba com o Batemuma muito admirado a olhar para mim, e como não podia deixar de ser, com a ponta do nariz pintada de azul!

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