sábado, 18 de abril de 2009

A crise toca a todos

Uma das palavras que mais vezes ouvimos ao longo do dia é, sem qualquer sombra de dúvida, a palavra crise. Não se assustem! Longe de mim incomodar-vos com uma longa dissertação sobre a matéria. Este texto procura, apenas, mostrar que nem mesmo o Batemuma - um ex-futuro Economista - está imune à famigerada crise que assola o mundo. Prova disso, foi a resposta que ele me deu durante uma vulgar ida às compras. Estávamos no Jumbo e, ao passar pela zona gastronómica, reparei que tinham à venda, entre outras iguarias, sandes de leitão. Para fazer conversa, e simultâneamente ajudar a passar o tempo, comentei esse facto com ele: "Já viste, Batemuma? Têm ali sandes de leitão." Quando ele, aparentemente muito interessado, me perguntou: "A sério? Quanto é que custam?", pensei que lhe tinha conseguido "vender" uma sandes. Mas, mais uma vez, o senhor trocou-me as voltas! Assim que me ouviu dizer: "€ 3,50", não perdeu tempo e, num tom agudo, que manteve enquanto prolongava no tempo a resposta, retorquiu de imediato: "Fooodaaa-se!". Depois desta resposta, pouco mais há a fazer do que pedir-lhe desculpas por, em tempos de crise, quase o ter feito gastar € 3,50 numa simples sandes de leitão.

sábado, 11 de abril de 2009

Postal de Páscoa

Nos tempos que correm, em que a comunicação é dominada pelas SMS e pelo Messenger, seria de esperar que o Batemuma, que raramente utiliza o dom da fala para se dirigir aos colegas de casa - e infelizmente já todos sabemos o que acontece quando isso ocorre - fizesse uso de um destes meios para transmitir os seus recados e as suas mensagens aos companheiros. No entanto, tratando-se de um conservador confesso, escolheu utilizar algo mais clássico e tradicional para o fazer. Assim, se é verdade que o métedo de eleição não é tão básico como os primordiais sinais de fumo, não é menos verdade que a tecnologia envolvida é bastante elementar, envolvendo, apenas, papel e caneta. Quantas vezes não chegávamos nós a casa e encontrávamos um recado escrito num bilhete que tinha sido colado à pressa numa das portas, deixado em cima da cama ou mesmo no chão do quarto? Pois bem, este processo ainda hoje é utilizado. E que o diga o Bodas, que ao preparar-se para ir de férias da Páscoa, abriu a porta do quarto e encontrou, dobrado no meio do chão, um autêntico postal de Páscoa antecipado do Batemuma. A missiva Pascal dizia o seguinte: "Amigo Bodas, gravai os filmes que tendes no PC. Os DVDs virgens estão em cima da minha mesa. Se não nos virmos, boa Páscoa. Assinado: Batemuma." Estou certo que depois de um miminho destes a Páscoa do Bodas vai ser verdadeiramente especial.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

É de família (II)

Durante uma recente visita relâmpago a Coimbra, além de, obviamente, não ter avisado o Batemuma da minha presença naquela cidade, e de ter tido o prazer de conhecer pessoalmente o famoso autista/sobredotado - facto que me ajudou a dissipar as poucas dúvidas que ainda tinha em relação à correcta "classificação" de tal personagem - fiquei também a conhecer, por intermédio do Bodas, mais um elemento do agregado familiar do Batemuma para juntar ao já famoso avô. Desta vez trata-se de um tio. De entre as (certamente muitas) peripécias e aventuras que envolvem este senhor, destacam-se duas. A primeira ilustra a já aqui abordada força física e de vontade que caracterizam aquela família, e a segunda demonstra a aptidão inata para a condução dos membros da mesma. Como não podia deixar de ser, o sobrinho apresentou exemplos para corroborar ambas as situações. Assim, no que diz respeito à primeira história, diz o Batemuma que o tio "andou durante dois dias com a coluna deslocada." Mas, mais interessante ainda, é o facto de o tio, que também padece da famosa incorrigível e irritante teimosia de família, ter aguentado até à última (ignorando durante aquele tempo os conselhos da mulher para ir ao médico), e só ao fim do terceiro dia as dores nas costas se terem tornado de tal modo insuportáveis, que acabaram por levar a melhor, obrigando-o a ir finalmente ao hospital. Em relação à segunda, conta o sobrinho que "certo dia, ia meu tio muito descansado a conduzir - não perguntei, mas aposto que o senhor ia ao volante de um Ford - quando teve uma quebra de tensão que o fez despistar-se e raspar com o carro na parede durante uns bons dez metros." A emoção que não deve ser uma reunião desta família...