sexta-feira, 3 de abril de 2009

É de família (II)

Durante uma recente visita relâmpago a Coimbra, além de, obviamente, não ter avisado o Batemuma da minha presença naquela cidade, e de ter tido o prazer de conhecer pessoalmente o famoso autista/sobredotado - facto que me ajudou a dissipar as poucas dúvidas que ainda tinha em relação à correcta "classificação" de tal personagem - fiquei também a conhecer, por intermédio do Bodas, mais um elemento do agregado familiar do Batemuma para juntar ao já famoso avô. Desta vez trata-se de um tio. De entre as (certamente muitas) peripécias e aventuras que envolvem este senhor, destacam-se duas. A primeira ilustra a já aqui abordada força física e de vontade que caracterizam aquela família, e a segunda demonstra a aptidão inata para a condução dos membros da mesma. Como não podia deixar de ser, o sobrinho apresentou exemplos para corroborar ambas as situações. Assim, no que diz respeito à primeira história, diz o Batemuma que o tio "andou durante dois dias com a coluna deslocada." Mas, mais interessante ainda, é o facto de o tio, que também padece da famosa incorrigível e irritante teimosia de família, ter aguentado até à última (ignorando durante aquele tempo os conselhos da mulher para ir ao médico), e só ao fim do terceiro dia as dores nas costas se terem tornado de tal modo insuportáveis, que acabaram por levar a melhor, obrigando-o a ir finalmente ao hospital. Em relação à segunda, conta o sobrinho que "certo dia, ia meu tio muito descansado a conduzir - não perguntei, mas aposto que o senhor ia ao volante de um Ford - quando teve uma quebra de tensão que o fez despistar-se e raspar com o carro na parede durante uns bons dez metros." A emoção que não deve ser uma reunião desta família...

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