terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A mãe de todas as "putices"

Quando confiamos muito no nosso camarada, podemos, por vezes, ficar desiludidos com as suas opiniões, respostas ou atitudes, mas nunca esperamos que ele nos foda como se não houvesse amanhã! No entanto, quando a questão envolve passar tempo na companhia do Batemuma, vale tudo, mesmo tirar olhos! Portanto, quando numa bela noite se chegou a um dilema em relação à bebida de eleição (vodka ou whisky), seria de esperar que o nosso aliado nos apoiasse. À primeira vista, e pela resposta obtida, assim parecia: "Tragam lá então o whisky que eu bebo!" Nunca desconfiando da seriedade da resposta, lá fomos buscar o precioso néctar. A desilusão deu-se quando, ao entrar em casa, se vê o suposto aliado pronto para sair. "Então onde é que vais?", perguntei eu. Responde o traidor com a maior das naturalidades: "Jogar umas cartas, mas volto cedo!" Quando finalmente voltou, bem para lá das três da manhã, encontrou-me sentado no sofá, ao lado do Batemuma, com um copo na mão para afogar as mágoas. O que me serve de (magro) consolo, é o facto de saber que o fulminante olhar que lhe mandei assim que ele abriu a porta, e a imagem que ele presenciou, ficaram para sempre marcadas na sua retina. Mesmo assim, nunca vou recuperar essas horas, durante as quais tive o "prazer" de ouvir a história do arquipélago dos Açores, desde a primordial erupção vulcânica que lhe deu origem, até ao cálice utilizado por Sua Santidade, o Papa João Paulo II, durante a realização de uma missa numa das suas visitas a Portugal!

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